Por Fabiane Cristina Silva Mesquita, doutoranda em Políticas Públicas pela UFPR
O Nesde realiza pesquisas na área e chama atenção para o tema, dado a transversalidade e a amplitude que permeia esse debate, sobretudo, no dia 20 de junho, cuja data é lembrada como o Dia Mundial dos Refugiados, desde meados do ano 2000. Uma das razões desta data é a reflexão e à sensibilização da Comunidade Internacional, e igualmente, da sociedade em geral.
Os refugiados compreendem todos os homens e mulheres, os quais, independente de sua faixa etária, foram obrigados a deixar os seus países de origem por causa de um fundado temor de perseguição em virtude da sua raça, religião, nacionalidade, bem como pertença a um determinado grupo social ou devido às suas opiniões políticas. Posto de outra forma, refugiados são todas(os) àquelas(es) que se encontram fora do seu país de que têm a nacionalidade, segundo a Convenção de Genebra (1951) e do Protocolo de Nova York de 1967.
Dado a conjuntura geopolítica, econômica, social, cultural e ambiental experimentada, atualmente, à migração internacional é, ao mesmo tempo, uma realidade e uma necessidade, para uma grande parcela da população. Nas palavras do representante do ACNUR, “Estamos presenciando una realidad distinta en la que el desplazamiento no solo está mucho más estendido, sino que no es um fenómeno temporal y a corto plazo” (GRANDI, 2020, p.6).
Neste contexto, o Nesde, convida a todas(os) para reflexão, mediante, dicas de filmes e documentários selecionados pelas pesquisadoras, Profa. Dra. Raquel Guimarães e pela Doutoranda em Políticas Públicas, Fabiane Cristina Silva Mesquita.
As obras selecionadas abordam a cotidiano das pessoas migrantes e refugiadas ao redor do mundo. Das obras selecionadas: quatro filmes, um documentário e uma animação.
A seleção apresentada, ampara-se no guia de indicações da ACNUR e da Organização Internacional para as Migrações (OIM), com o objetivo de provocar reflexões, debates e análises, e igualmente informar e educar sobre o cenário de aproximadamente, 80 milhões de pessoas refugiadas.
Para a Organização Internacional para as Migrações, os filmes têm o poder de mostrar diferentes realidades da vida, o que, por sua vez, pode ajudar a cultivar uma empatia mais profunda pela situação das pessoas, além de uma melhor compreensão da temática (OIM, 2019), sendo este, o principal objetivo da seleção.
Informações adicionais: a animação franco-norueguesa aborda o drama vivenciado dos palestinos num campo de concentração no Líbano.
Informações adicionais: aborda a exploração sexual de mulheres africanas migrantes, na Áustria.
Informações adicionais: apresenta um panorama do regime do Khmer Vermelho, no Camboja, bem como, o deslocamento forçado de milhões de pessoas, além do impactante treinamento das crianças-soldado, nos campos de trabalhos forçados.
Informações adicionais: o longa ficcional e real traz uma reflexão sobre a luta por moradia na cidade, além de abordar a dinâmica do que é ser um refugiado no Brasil, inspirado em fatos reais.
Informações adicionais: a obra é baseada em uma missão humanitária real, resumidamente versa sobre a operação israelense para resgatar judeus etíopes do genocídio no Sudão, país em Guerra Civil, até os dias atuais.
Informações adicionais: aborda o cotidiano dos voluntários conhecidos como “Capacetes Brancos” que se mobilizam diariamente para prestar primeiros socorros às vitimas de ataques aéreos na Síria.
Obs.: As obras selecionadas estão disponíveis na plataforma: Netflix.
Referência
ACNUR. Agência das Nações Unidas. Global Trends: Forced Displacement, 2019. Disponível: https://www.unhcr.org/5ee200e37/#_ga=2.221342232.1069477855.1592664764-68913794.1589206342
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